Você sabia que um funcionário feliz é, em média, 31% mais produtivo? É isso o que mostra um estudo realizado pela Universidade de Harvard. Além disso, a pesquisa aponta também que esse colaborador é três vezes mais criativo e vende 37% a mais em comparação com outros.
Certamente, um dos principais motivos para o bem-estar do funcionário é a liderança. A pesquisa Gallup 2019 mostra que “76% dos funcionários experimentam burnout pelo menos algumas vezes”. Muitos acreditam que somente o tempo de trabalho está relacionado ao estresse, de modo que, para resolver todos os problemas, basta tirar alguns dias de folga. O que não é verdade. Essa pesquisa mostra que, apesar de o tempo ser um ponto importante, “a maneira como as pessoas vivenciam sua carga de trabalho tem uma influência mais forte no esgotamento do que as horas trabalhadas.” Portanto, não basta um pequeno recesso e sim uma melhora no ambiente. Veja, ainda conforme essa pesquisa, os cinco principais fatores relacionados ao esgotamento dos funcionários:
- tratamento injusto no trabalho;
- carga de trabalho incontrolável;
- comunicação pouco clara dos gerentes;
- falta de apoio do gerente;
- pressão de tempo irracional.
Observe que são fatores diretamente conectados com a liderança. Por essa razão, há estilos de gestão que olham e se atentam ainda mais para outros pontos além da execução de tarefas, como a liderança compassiva.
O que é liderança compassiva?
Existem diversos estilos de liderança como a liderança autocrática, democrática, liberal, coach, servidora, situacional e a liderança compassiva. Compassivo significa: “que tem ou revela compaixão; que se compadece; condolente.” Ou seja, a base principal desse estilo de liderança é a compaixão. Ela também é baseada em pontos como humanização, segurança psicológica, colaboração e empatia.
Ligia Costa, autora de “Líder humano gera resultados”, aponta em sua obra que nesse estilo de liderança é permitido incluir “emoção e amor nas conversas e tomadas de decisão”. A especialista apresenta também em seu livro os três pontos abaixo que o levarão em direção à liderança compassiva.
- Qualidade de atenção: você escuta de verdade quando as pessoas falam com você? Você, líder, está ouvindo seus colaboradores e criando soluções reais para eles?
- Orientação para o outro: se você realmente escutar o outro, genuinamente irá se conectar com ele. Ligia propõe que o gestor, “precisa ser capaz de escutar sem julgamento, sem interrupção e sem a necessidade de estar certo ou apresentar todas as respostas”.
- Estar a serviço: segundo a autora, tendo consideração pelo outro e se colocando a serviço dele, você irá ativar o lado pré-social do cérebro, que pode despertar engajamento, que vem da bondade e da compaixão.
Além disso, Ligia também destaca seis competências essenciais para a liderança compassiva: humanidade, presença, coragem, inclusão, interconexão e compaixão. Você já possui todas elas?
Caso de sucesso
Uma das principais referências de liderança compassiva é Jeff Weiner, antigo CEO do LinkedIn, que já recebeu muito destaque pela maneira de liderar. Em declaração à Época Negócios, o executivo disse o seguinte: “Defino liderança como a habilidade de inspirar outros para atingir objetivos comuns. […] A inspiração vem de três fatores: a clareza da visão, a coragem da convicção e a habilidade em comunicar os dois primeiros de forma clara”.
Na plataforma de educação LinkedIn Learning, há um conteúdo com três aulas sobre liderança compassiva na visão de Jeff Weiner, clique aqui para assistir. No material, Weiner enfatiza que uma cultura baseada na confiança promove a redução de conflitos e o aumento da produtividade. Ele também destacou o seguinte: “As pessoas mais fortes que conheço são as mais compassivas”. Então não se esqueça da sua compaixão ao entrar no escritório, afinal todos ali são pessoas passando por situações complexas. Esse é o principal ensinamento da liderança compassiva.
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