O Twitter é uma rede social que surgiu em 2006 e se popularizou por permitir o compartilhamento apenas de mensagens curtas. No Brasil, está entre as redes sociais mais populares entre os usuários, sendo a nona mais utilizada. Ao longo dos anos, a rede foi se atualizando e acompanhando as tendências de outras plataformas, incluindo a possibilidade de compartilhar vídeos e imagens.
Em outubro de 2022, o Twitter foi vendido para o empresário Elon Musk por US$ 44 bilhões, e desde então, as atualizações, tanto na estrutura quanto na funcionalidade, têm gerado polêmicas. A maior delas foi a onda de demissões que passou pela empresa. Desde que assumiu o comando da plataforma, o empresário supervisionou demissões de cinco mil dos 7.500 funcionários do Twitter. Entre esses funcionários, estão alguns encarregados da moderação de conteúdo em escala global, e as equipes que fazem a vigilância dos discursos de ódio, assédio moral e profissionais especializados em políticas de desinformação e fake news. Segundo o portal de notícias CNN, “mais de 100 ex-funcionários do Twitter entraram com demandas de arbitragem ou estão participando de ações judiciais coletivas propostas relacionadas às demissões”.
O impacto veio diretamente para a receita da empresa, que teve forte queda na receita de anunciantes. Uma das soluções propostas para essa questão foi a criação da assinatura para obter o selo azul no Twitter. Os usuários que assinam pagam US$ 8 pela assinatura mensal para adquirir o selo azul, que, antes, era dado gratuitamente aos perfis mais relevantes da plataforma. Porém, isso também causou polêmica entre os usuários. Muitos perfis falsos adquiriram o selo para se passarem por outras pessoas e empresas, e acabou gerando uma confusão indesejada. O serviço logo foi suspenso, adaptado e retornou com novidades.
Atualmente, é possível identificar o selo azul para assinantes do Twitter Blue e também para contas verificadas pré-existentes, ou seja, antes da aquisição do Musk. O selo cinza para contas verificadas por serem de organização governamental ou multilateral – como exemplo os perfis de Biden e Lula. E, por fim, o selo dourado, que identifica os perfis oficiais de empresas no Twitter, porém, para obtê-lo também é necessário fazer a assinatura de um dos planos.
Mas a crise interna parece continuar. No dia 18 de dezembro de 2022, Elon Musk realizou uma enquete no Twitter questionando: “Devo deixar o cargo de chefe do Twitter? Vou respeitar os resultados desta enquete.” 57,5% dos votos foram para ele deixar o cargo. E no dia 20 de dezembro, ele publicou: “Vou renunciar ao cargo de CEO assim que encontrar alguém tolo o suficiente para aceitar o cargo! Depois disso, apenas executarei as equipes de software e servidores.”
Qual será o futuro do Twitter? Muitos já estão preparados para o que possa acontecer, e por isso até criaram seus perfis em redes semelhantes como o Koo – que viralizou no Brasil em novembro, indo de 2 mil para 2 milhões de usuários no Brasil em nove dias, segundo a Forbes. Contudo, uma gigante e queridinha rede social como o Twitter com certeza ainda proporcionará muitas reviravoltas nessa história.